quarta-feira, 10 de março de 2010

Com a palavra: Alice


Na casa do coelho encontra outra garrafinha sem inscrição nenhuma e bebe seu líquido. Cresce muito e fica entalada dentro da casa. Alice pensa:

"-Quando eu lia contos de fadas, pensava que essas coisas jamais aconteciam e cá estou eu metida numa dessas histórias! Deve haver algum livro escrito sobre mim, deve haver! E quando eu crescer, escreverei um... mas eu já cresci" - e acrescentou cheia de tristeza: "pelo menos aqui não existe mais espaço para crescer."

Entrando com o pé direto: o díficil passo de sair da casa de nossos pais


É estranho pensar que já faz 1 ano e 5 meses que saí da casa de meus pais.

Fui a primeira mulher que conheço a sair de casa sem ter nenhum problema de convivência com a família, sem casar, sem mudar de cidade ou seja, sem nenhum artifício que não fosse vontade própria.

Não que haja um mérito especial nisso, mas não posso deixar de sentir uma pontinha de orgulho.

Tanta gente que a gente conhece que não tem consciência ou coragem de admitir que quer começar a crescer independente de qualquer coisa ou qualquer um... Tanta gente que incobre sua vontade, as vezes de forma inconsciente mesmo, em uma bengala de apoio...

Cabe aqui comenário sobre as duas principais bengalas da nossa geração:

1- Casamento:

Sim, casamento ainda é uma bengala para grande parte das mulheres. Pasmem mas só neste último ano duas conhecidas minhas casaram só para sair de casa, sem amor mesmo... Um dos casos já acabou em separação, durou apenas 2 meses.
Parece loucura, mas muitas de nós encaramos o casamento como o único rito de passagem para a vida adulta. Só através dele podemos sair de casa e começar uma vida própria e indepente de nossos pais. Caramba... Eu posso dizer que já vivi sobre esse prisma. Não é que a gente pense assim. Mas, a idéia faz parte do nosso imaginario, entende?
O problema é que nem todas são doidas para casar por casar. Gosto de pensar que a maioria de nós tem amor próprio. As vezes também o "principe" ou o cara legal não aparecem, ou mesmo quando aparecem não estão no momento para um passo deste tipo...
Aqui chegamos numa encruzilhada com três caminhos:
a) continuar na vidinha "escola", trabalho, casa de minha mãe;
b) tomar consciencia do que quer e se planejar para crescer só independente do que o destino lhe reserva ou
c) partir para bengala número 2

2- Mudar de cidade:
Se você fez faculdade você viu muitos de seus colegas sairem depois de um ou dois anos de formado para morar no exterior. Cabe a perguta: a busca é realmente por oportunidades ou por uma bengala para sair de casa e começar a vida? A maior parte dos meus colegas que sairam terminaram voltado depois de ficarem subempregados no exterior por uns 6 ou 8 meses.
Há aqueles que relamente enxergam oportunidade fora, inciam uma pós ou carreira mesmo.
Mas na maioria dos casos a busca por oportunidade é mais uma desculpa para incobrir o desejo de se tornar independente sem ter por onde. E quando essa bengala também falha? Bom meu amigo, aí só sobram 2 alternaltivas: acomodar ou crescer.

Tá certo, você vai dizer que nem todo mundo tem condição finaceira para se bancar de cara. Eu concordo.
Mas é exatamente por isso que a gente se planeja.
Comecei a fazer meu enxoval 2 anos antes de me mudar. Quando entrei no apartamento já tinha todos os utencilios possiveis, cama, geladeira, fogão, máquina de lavar, armário, mesa, entre outras coisinhas.
Trabalhei muito. Juntei o que pude afinal morar com os pais trás essa vantagem na maior parte dos casos. E quando achei que dava fiz o meu carreto.

Acho que parte do processo de crescer (tarefa ardua tema deste blog) é assumir nossos desejos e escolhas sem mascará-los e aceitar as conscequências. Sobretudo é arcar com a responsabilidade que temos conosco.

Um telefone toca para Wendy...

Desde 2007 o mundo meio que ficou de ponta a cabeça e esse telefone começou a tocar.

Chamadas tão breves e baixinhas...



De 2008 pra cá, no entanto...
Se tornaram cada vez mais frequentes e estridentes!

Trin... Trin... Trin... Trin... Trin... Trin... Trin... Trin... Trin...