sexta-feira, 30 de julho de 2010

30 coisas para fazer antes dos 30: A Lista de Wendy - Item 13

Tribalista sim!!!!
Dança do Ventre - Volto logo!

Depois de 11 anos entrando, saindo e me dedicando à dança do ventre estou definitivamente experimentando o Tribal.

Para quem não conhece o Tribal é uma dança que busca misturar os mais variados elementos de danças étnicas do ventre, indiana, flamenco, africana e por aí vai... A ideia é fundir os arquétipos em um único feminino e em vários movimentos e sensações...

Este estilo surgiu nos EUA, nos idos dos anos 70 criado por uma bailarina americana mesmo. Ou seja, antes que você tenha a ideia errada, essa não é uma dança típica de uma determinada região.

Faz um tempo cheguei a fazer workshops do tribal como criado em 70, o chamado ATS - American Tribal Style (para quem se interessar vale ver os vídeo da companhia Fat Chance Belly Dance no youtube) que é uma dança circular feita com base no coletivo, como uma tribo. Mas, agora, começo um outro caminho. Estou iniciando o Tribal Fusion.

Nesse estilo, os solos são mais que permitidos, e as possibilidades são muito mais abertas que no ATS. Já venho namorando isso a muitoooooo tempo através dos vídeos de uma bailarina que adoro: Isidora Bushkovski. E, este ano a coisa se concretizou quando conheci melhor trabalho de Joline Andrade em Salvador.
Pois então, ontem quando a lua cheia estava apontando aqui na rua, desci e fui à aula.
Vai ser um desafio e tanto me libertar um pouco da cultura de dança do ventre tão enraizada em mim pelo tempo e pelas origens, e sobretudo vai ser muito, muito, muito complicado alongar. Mas vamos lá!
Mais um item cumprido da minha listinha!

Mais tarde para deixar um gostinho posto um vídeo tanto de Izzy, de quem sou fã, quanto de Joline minha nova professora.
E a lista continua... 28 to go! Olha ela aí!
1- Cair no mar de roupa e tudo
2- Saltar de paraquedas
3- Viajar para assistir um show de rock
4- Escrever uma carta para meu autor favorito
5- Aprender a fazer Caruru completo
6- Aprender a fazer Feijoada completa
7- Visitar um orfanato
8- Oferecer um jantar à meus pais
9- Dizer a meu pai que eu o amo
10- Dizer a minha mãe que eu a amo
11- Dizer a meu irmão que eu o amo
12- Dirigir um carro que custe mais que meu próprio apartamento
13- Fazer aula de Dança Tribal - Feito!
14- Ver neve ao vivo pela primeira vez
15- Tirar minha dupla nacionalidade
16- Arrumar as malas e sair sem rumo em um feriado
17- Sair sem mala nem mochila para uma viagem de fim de semana
18- Ler um livro sobre algo que não tenha nada a ver comigo
19- Sair para tomar chuva de propósito até ficar ensopada
20- Tirar minha carteira de Arrais Amador
21- Fazer um piquenique em um parque
22- Fazer uma previdência privada - Feito!
23- Costurar uma roupa do zero e usá-la para sair
24- Dar pequenas lembranças aos meus vizinhos no Natal
25- Manter-me abaixo dos 52kg
26- Fazer uma reforma no apartamento
27- Emoldurar e pendurar minhas melhores fotos
28- Mergulhar num rio de águas congelantes
29- Assistir uma Ópera
30- Organizar uma festa temática

terça-feira, 27 de julho de 2010

As mães sempre tem razão! Regra de 3 para poupar:


Já falamos de previdência item quase sinonimo à Finanças aos trinta. Mas, queria explorar as outras possibilidades de investimento com vocês.

Mamãe me ensinou desde pequena a regra de 3.

Começamos a receber mesada muito pequenos (6 anos acho) e a regra era dividí-la por 3 e poupar 1/3. Fora a ocasião em que o Plano Collor levou minha poupança, tudo o que tenho e como tenho poupado ao longo dos anos data desta época.

Quando estagiava às vezes recebia apenas o dinheiro do transporte, mas mesmo assim aplicava a regra, pegando carona ou andando mesmo e assim fui juntando o meu montinho.

A verdade é que o nosso custo de vida (pessoas solteiras sem filhos é mais fácil, ok?) depende obrigatoriamente de quanto recebemos. Já vivi muito bem com 1/3 do que ganho hoje e com 3X vezes mais também. A conta é invariavelmente a mesma. A diferença está apenas em trocar o sorvete Häagen-Dazs pelo capelinha rs.

Sendo assim, o que parece complicado, reservar 1/3 do salário, na verdade é bem mais simples do que a maioria imagina.

Hoje, tenho várias despesas cuidando sozinha da vida, casa, carro e etc... Ficou mais complexo, mas isso não é desculpa. Tem cerca de 1 ano que trabalho com uma planilha financeira bem simples (você pode baixar aqui) na qual computo meus 2/3 de minha receita receita e todos os gastos que tenho desde de o condomínio até a gorjeta do guardador.

Com ela posso ter a real noção de quanto ainda tenho para passar o mês, e se ela extrapola em um mês, coloco o débito no mês seguinte e ai é só apertar ainda mais os cintos.

As vantagens não param aí.

Com a planilha fica mais fácil identificar onde e como estamos gastando. Assim fica mais fácil fazer os cortes quando queremos comprar aquele vestido ou quem sabe planejar a compra de um bem maior uma TV ou um Carro novo?

Bom, fica a dica de como poupar.
Nos próximos posts conversaremos mais sobre o que fazer com o que está sendo poupado.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Unhas a jato sem borrões

Quem perto dos trinta tem tempo de sobra? Bom, eu não tenho!

Na verdade já tenho uma certa preguiça de ir a salão de beleza que dirá quando estou sem tempo. Essa semana, (meio atrasada para essas coisas de beleza, eu sei!) resolvi testar por mim mesma a linha relativamente nova da colorama: Única Camada.

O esmalte promete cor intensa, sem borrões ou bolhinhas pois você só precisa passar uma camada mesmo e secagem ultra rápida. Promete, e cumpre!

Fiquei surpresa ao ver o resultado nas unhas. Eu, a menina sem jeito para essas coisas, levei somente 15 minutos para aparar as cutículas, passar a base, o esmalte e limpar. Tá certo que vou ter pegar mais pratica na limpeza das cutículas, mas desse jeito vou passar a fazer as unhas no salão apenas 2 vezes por mês. Bela economia de tempo e dinheiro.

Para as viciadas em salão, fica a dica do esmalte para quando você tem sair com as unhas secas no automático, ou para quando elas descascaram e você precisa dar um jeito em casa mesmo para sair a noite.

Aproveitem meninas! Eu comprei o Sexy Nude mas hoje mesmo vou atrás dos outros. São 10 cores:

Penélope – Rosa praticamente pink
Gelo – Bege acinzentado com brilho levemente esbranquiçado
Sexy Nude – Rosado com brilho suavemente plastificado
Rosa Divino – Rosa avermelhado
Sensual – Vermelho escuro
Batom Vermelho – Vermelho puro
Crepúsculo – Púrpura suave
Vinho Fashion – Vinho rosado aberto
Mascavo – Marrom caramelado
Conhaque – Marrom profundo com toque avermelhado.



Ps. muito importante: Conhecidência ou não, ontem fiquei sabendo que minha prima foi materia no principal jornal local falando sobre esmaltes!!! Prima desculpa o update tão oldnews, prometo ficar mais ligada no sonugramur.wordpress.com para atualizar dignamente a parte de beleza desse blog!

domingo, 25 de julho de 2010

Confusões perigosas

Algumas pequenas confusões podem estagar anos de relacionamento...

Há quase dois séculos Machado já sabia:


"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor.
O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento."

Machado de Assis

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Our Generation Quote!

Sem dúvidas é essa é uma frase que vale a pena ouvir de vez em quando!

A vida se move muito rápido. Se você não parar para dar olhada a sua volta de vez enquando vai acabar perdendo.

Feris Sabia o que tava falando!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Formigas!!!

Já tem um tempo estou lutando com as formigas aqui em casa.

Elas comem até pedra!


Mas falando serio andei buscando formas de acabar com as miseráveis.


Quando morava na casa de meus pais eu era incapaz de matar um mosquito ou uma formiga sequer. Se um prato dava formiga na pia eu batia nele e esperava elas todas saírem para que eu pudesse pegar e lavar.


Hoje morando só a karate kid morreu em mim (sim no karate kid com a menina ela é ensinada a não matar nem um inceto). E o motivo é bem básico: não dá para conviver com formigas comendo até manteiga!


A guerra já dura algum tempo e elas reduziram.
Para essa luta achei varias receitas e optei por duas coisas:


1- Uma bisnaguinha com gel que você aplica no caminho delas;
e
2- Um estratégia de guerra igualzinha ao depoimento que vi em uma comunidade no orkut e colei logo aí em baixo:


"Vou te contar uma coisa estranha:Logo que eu comprei o apartamento onde vivo, o que já faz alguns anos, tive um problema sério com infestação de formigas. Eu espalhava veneno pra elas e não adiantava. Até contratei uma empresa especializada para me livrar da praga e em pouco tempo elas voltaram.Então um amigo da época, muito escolado em assuntos generalizados e com uma cultura de frivolidades absurda, por ser piloto da aviação comercial e conhecer muitos lugares, foi beber água na cozinha e viu o estado das coisas. Ficou alguns minutos lá e eu fui ver o motivo da demora, e o encontrei matando uma por uma, na base da dedada. Explicação dele: "Formigas constroem uma sociedade organizada, com divisão de tarefas e trabalhadores especializados. Uma formiga batedora sai para encontrar alimento, marca seu caminho com feromônios e as transportadoras a seguem para trazer a carga. Se você matar uma por uma, por mais tempo que demore, irá desequilibrar a organização social do formigueiro e elas se mudarão".


Passei então a ser inclemente. Se via uma formiga, "dedada" nela! Matei muitas com essa tática de atiradora sniper, jamais poupando uma "inimiga" que fosse. Um dia eu cheguei em casa do trabalho e encontrei a parede da cozinha forrada de formigas. Pode acreditar que não é mentira: elas estava fazendo algum tipo de assembléia e eu levei um susto. Desci rapidinho, fui no supermercado ao lado e voltei com uma lata de inseticida. Demorei só uns 6 ou 7 minutos e ao voltar a parede ainda tinha mais formigas do que antes. Observei aquilo por mais alguns minutos, até todo o "plenário" ficar cheio e não aparecer mais nenhuma retardatária. Então elas começaram a se dirigir para a janela do poço de ventilação e eu entendi que elas estavam deixando o território. Eu estava livre, mas pensei na infelicidade da casa onde elas iriam se estabelecer, olhei pro inseticida, ponderei as minhas responsabilidades como condômina e o meu "Capitão Nascimento" interno deu a sentença: SENTA O DEDO NESSA PORRA! (rsrs).Matei todas!HAHAHAHA!"



Para descontrair segue um comercial da época em que eu ainda era incapaz de assassinar esses pequenos animaizinhos:

Up in the air

Acho que depois desse post você vai realmente achar que eu tenho um visão meio deprimida sobre a vida adulta, mas fazer o que?


Up in the Air


Se você ainda não viu esse filme, vá ver!


Me recuso a titular esse post com o título em português para esse filme: Amor nas alturas, que nada diz da história muito bem escrita sobre como escolhemos crescer, quem nos tornamos no processo, a sensação de vazio em nossas metas e as possibilidades de conexão (aqui fica o trocadilho com as conexões aéreas que o personagem faz no filme) que temos com outras pessoas.

Up in the Air: Suspenso no ar, esse sim é o título apropriado, pois é assim que Ryan Bingham passa todo o filme. Mesmo quando aparentemente ele está pondo os pés no chão e percebendo o que de fato lhe seria uma vida mais real, na verdade é apenas um caminhar sobre castelos de vento...

Corri atrás do filme logo que ele saiu em cartaz. Na época, havia 1 ano, trabalha como Ryan voando de uma cidade para outra sem possibilidade de manter fortes os vínculos que tinha estabelecido, que dirá de formar outros novos. Havia semanas em que chegava a passar por 5 aeroportos diferentes (e não, eu não era aeromoça). Para ser bem sincera nem lembro em que cidade o assisti, acho que foi em Maceió...

Fato é que fui buscando uma identificação com o mocinho. E, é verdade, ele passa por uma rotina tão familiar para quem trabalha viajando que vale muito a pena.

Mas, encontrei muito, mas muito mais que isso.

O trecho abaixo é uma das minhas cenas favoritas. Acho que se eu encontrasse a garotinha que fui quando tinha 23 anos essa seria a conversa que teríamos. Alugue ou compre, mas não deixe de assistir, só não vá esperando um final feliz, ok?

Depois não diga que não avisei!






Auge da Beleza aos 31

Publicado no R7 em 20/07/2010 às 11h04:

Pesquisa diz que mulheres atingem o auge da beleza aos 31 anos
Segundo levantamento, o aumento da confiança faz com que elas se sintam mais bonitas

Kate Hudson aos 31

Se você acha que é com 20 e poucos anos que as mulheres são mais bonitas, exalando juventude e sensualidade, está enganado. Pelo menos é o que apontou uma pesquisa feita pelo canal de vendas QVC e publicada pelo jornal britânico Daily Mail.

De acordo com o estudo, é aos 31 anos que as mulheres atingem o ápice de sua beleza. Para os mais de 2.000 homens e mulheres entrevistados, os fatores que contribuem para isso são uma confiança maior nesta idade e um senso de estilo mais apurado quando comparado ao das garotas mais jovens.

Mais de 65% das mulheres que responderam a pesquisa afirmaram concordar com a expressão que diz que a beleza aumenta com a idade e mais da metade alegam que se sentem mais confiantes com o passar do tempo.

Outro resultado interessante da pesquisa é que 55% das entrevistadas afirmam saber, aos 31 anos, que tipo de maquiagem fica melhor com seu estilo e, consequentemente, se produzem melhor.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Princesa

Tá para ser escrita uma música que reflita melhor minha rotina de morar sozinha.

É, mas, como diz a letra: seria melhor se não houvesse refrão nenhum e a música de nossa vida tivesse versos diversos em todas as estrofes...

Princesa - Ludov

The Y Generation

Se você fala um pouquinho de inglês você  provavelmente leu o título deste tópico assim: The "Why" Generation.


A primeira vez que ouvi o termo geração Y pensei logo nisso. Na verdade o termo Y é usado pois vem depois do X, a geração anterior à nossa. Mas, o que me chamou atenção foi a feliz conhecidência do geração Y ser a gerção Why ou, traduzindo de vez: geração porque.

Parece que sempre estamos questionando seja buscando um sentido para vida, seja questionando os padrões que nos apresentam. É, o nome não podia ser melhor...

sábado, 17 de julho de 2010

Geração Y

Abro um grande parenteses para postar um texto da Rita Loiola sobre o assunto:



Geração Y

Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas.

Mas se preocupam com o ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos para mudar o mundo

Rita Loiola

Priscila só faz o que gosta. Francis não consegue passar mais de três meses no mesmo trabalho. E Felipe leva a sério esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles são impacientes, preocupados com si próprios, interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vão tomar conta do planeta.

Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança, eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos. "Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo."

Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos para classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura da família tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha prioridade é ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui parar em um lugar onde faço coisas sem sentido, que não me acrescentam nada."

A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. "Esses jovens estão aptos a desenvolver a autorrealização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito", afirma Anderson Sant'Anna. "Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo estágio, que será muito diferente do que conhecemos."

Nessa etapa, "busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". O estudo, desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou traçar um perfil dessa geração que está dando problema para pais, professores e ao departamento de RH das empresas.

No trabalho, é comum os recém-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando não são reconhecidos. "Descobrimos que eles não são revoltados e têm valores éticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relações humanas", diz Miriam. "Mas é preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas características sejam reveladas."

BERÇO DIGITAL

E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, msn, Twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicação que venha a surgir no mundo. Essa é a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente.

Uma pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais motivadas. "É a era dos indivíduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes.

É mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última geração. "Eles já vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e capacidade de convergência", diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo. "Usam uma linguagem veloz, fazem tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." O analista Francis Kinder, de 22 anos, não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa. "Quando as coisas começam a estabilizar fico infeliz", diz. "Meu prazo é três meses, depois disso preciso mudar, aprender mais."

Um estudo da consultoria americana Rainmaker Thinking revelou que 56% dos profissionais da Geração Y querem ser promovidos em um ano. A pressa mostra que eles estão ávidos para testar seus limites e continuar crescendo na vida profissional e pessoal. Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente.

"Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O sentimento do rapaz é compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA. "Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim."

Mas, além de aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los, em uma relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais todas as peças têm a mesma importância. "A Geração Y mudou a forma como nós interagimos", diz Ana Costa. "O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma situação de igualdade", afirma.

VIDA PESSOAL EM PRIMEIRO LUGAR

Os sinais mais claros da importância que os jovens dão aos próprios valores começam a piscar no mundo do trabalho. Como seus funcionários, as empresas estão flexibilizando as hierarquias, agindo em rede, priorizando a ética e a responsabilidade. E, se no passado a questão era saber equilibrar a vida íntima com uma carreira, hoje isso não é nem sequer questionado: a vida fora do escritório é a mais importante e ponto final.

Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade de Administração da USP mostrou que a prioridade da maioria deles é ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego às necessidades familiares e pessoais - e não o contrário. "A grande diferença em relação às juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida", diz Tânia Casado. "Eles estão customizando a própria existência, impondo seus valores e criando uma sociedade mais voltada para o ser humano, que é o que realmente importa no mundo."

"VAMOS MUDAR O MUNDO!"

Nos últimos 60 anos, três gerações marcaram época e mudaram os valores e o jeito de a sociedade pensar. Agora é a vez da abusada Geração Y

TRADICIONAIS (até 1945) >>> É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.

BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>> São os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.

GERAÇÃO X (1965 a 1977) >>> Nesse período, as condições materiais do planeta permitem pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação já podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram céticos e superprotetores.

GERAÇÃO Y (a partir de 1978) >>> Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma.

Geração Y e o Amor

Geração Y: prometo falar sobre isso no próximo post, pois afinal se você tem entre 20 e 32 anos você faz parte dela!

Mas antes, queria aproveitar a oportunidade de lembrar desse assunto, que me foi dada através do comentário que Milena postou no tópico "Na balança: relacionamento duradouro X novo relacionamento", para falar do vídeo que ela recomendou.

O link do vídeo está postado aí ao lado para você assistir (clique para ver o vídeo), mas queria ressaltar algumas frases muito boas do Jorge Forbes:

1 - "O compromisso assusta e o não compromisso também assusta"
2 - "Todo bom relacionamento funciona porque falha"

A primeira eu nem vou comentar... Acho que todo mundo aqui teme ou já temeu os dois, e por isso tantas vezes ficamos em cima do muro numa posição nada confortável mas que pelo menos nos dá ilusão da segurança de poder escolher.

Já a segunda...
Bom, ela me lembra uma das duas únicas coisas que minha avó fez questão de me ensinar sobre relacionamentos. O que sustenta uma relação não é amor por amor é compreensão e paciência. Quantos casais vocês conhecem da nossa geração que terminam pela falta de paciência com as falhas do outro e do próprio relacionamento em si.

Se há um erro que nossa geração comete em termos de relacionamento é o mesmo que cometemos com todo o resto. Buscamos a perfeição, algo que dê sentido a nossa vida, um amor completo. Temos pressa para alcançá-lo e, se as coisas não vão bem, mudamos de relacionamento assim como mudaríamos de emprego ou até mais fácil. Buscamos numa pessoa nova as mesmas coisas e não percebemos que o problema não está nas pessoas mas no objetivo e na pressa que temos.

"Todo o relacionamento funciona porque falha". Precisamos lembrar disso! Precisamos lembrar disso quando brigamos, quando não temos nossos desejos atendidos, quando não somos tratadas como achamos deveríamos ser, quando o sentimento parece ter apagado um pouco, quando parece impossível compreensão mútua. Pois é nesse momento que podemos mudar algo e assim crescer enquanto pessoas e enquanto casal.




sexta-feira, 16 de julho de 2010

Livro do Desassossego


"Sei bem que, se esse passado que não foi tivesse sido, eu não seria hoje o capaz de escrever estas páginas, em todo o caso melhores, por algumas, do que as nenhumas que em melhores circunstâncias não teria feito mais que sonhar. É que a banalidade é uma inteligência e a realidade, sobretudo se é estúpida ou áspera, um complemento natural da alma."

Fernando Pessoa

A Rede

Gente, hoje me aconteceu uma coisa muito estranha...

Estava buscando um clipe de uma música para postar aqui no blog e de repente dei de cara com uma cena de A Rede, aquele filme com Sandra Bullock de 1995.


Caramba...

Angela Bennet, a protagonista foi uma espécie alterego para mim durante muito tempo. Usei esse nome durante toda a minha adolescência em tudo que se referia a computador, principalmente no finado Mirc (nessa plataforma eu inclusive tinha um amigo que se auto denominava IceMan).

Pasmem, mas, a minha pasta pessoal, que está neste PC em que escrevo, ainda carrega o nome Angela.

O filme é bem básico, meio meia boca, com aqueles exageros que todo filme de ação tem que ter. Mas lembro que no alto dos meus 14 anos me encantei com o estilo de vida da personagem. Uma mulher de 27 que mora sozinha, trabalhava de casa, com informática, só ela e seu computador para uma empresa multinacional atendendo gente do mundo todo e é claro sendo a melhor no que fazia (tá é meio deprimente, eu sei, mas que posso fazer rsrsr). Hoje, 15 anos depois posso dizer que Angela tomou conta de mim de certa forma.

O que me assustou foi o fato de como nossos modelos persistem mesmo de forma inconsciente.

Apesar de estar com o nome dela gravado na minha máquina, nunca mais tinha pensado em Angela Bennet e, mesmo assim meio que segui seus passos... Mesmo tendo escolhido uma carreira totalmente distinta de ciências da computação, cá estou eu, morando sozinha, trabalhando de casa para uma multinacional e atendendo gente do mundo todo...

Será que aquele sonho de morar sozinha aos 27 anos tinha a ver com isso?

É de dar arrepios, não?

Há 30 anos, walkman fazia a música andar...

Tô meio atrasada para esse post. Mas ele é um ícone de nossa geração e, do jeito que os lançamentos demoravam de chegar no Brasil na época, é bem capaz que aqui ele (o walkman) tenha apenas 30 mesmo.

"Todo mundo vê um desses todos os dias: fone plugado no ouvido e olhar perdido, ele emite um som que fica entre o "pxxx pxxx pxxx" e o "tsss tsss tsss". Do lado de lá, o chiado é o que sobra para o mundo da música favorita dele, o olhar perdido é fruto da imersão e o som está bem alto. Se daqui ele tem jeito de zumbi surdo, de lá é o mundo que parece dormente e mudo. As pessoas podem ser divididas entre quem ouve música no talo e quem ouve o ruído gerado pelo vazamento do som - que, diga-se, é bem irritante. No metrô de São Paulo, nos vagões que têm televisão, uma campanha pede aos usuários que controlem o volume do toca-MP3 para não incomodar o resto do mundo. Para a pessoa com fone de ouvido, esse resto do mundo tem um quê de cenário; a música, é trilha sonora; e ele, bem, é o protagonista. O tocador de música portátil, esse dispositivo capaz de transformar o dia em uma espécie de trecho de filme, virou ícone dos ensimesmados e símbolo desta geração que supostamente sofre de excesso de individualismo. Acontece que a ideia de submergir em uma trilha sonora individual tem 30 anos. Já atravessou, portanto, algumas gerações - provavelmente cada uma delas, a do walkman, a do discman ou a do iPod, foi acusada pela anterior de ser individualista demais. O walkman foi lançado em 1979. Anunciado em 21 de Junho, começou a ser vendido no Japão em 1º de Julho. Já havia toca-fitas portáteis. Mas eram mais usados como gravadores; eram caros; e os fones, pesados demais para serem levados por aí. O fone perdeu peso - foi de 400 para 50 gramas - e suas funções foram limitadas."

Heloisa Lupinacci, de O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lutando pela vida no automático


Achei esse vídeo por acidente na net e fiquei encantada!

A música "Her morning elegance" fala sobre uma mulher que vai lutando batalhas cotidianas como pegar o metrô ou comprar o pão. A música seria apenas bonitinha, sem nada de muito especial, e eu ia ficar ouvindo apenas algumas vezes, se não fosse o fato de ter visto esse vídeo.

O que acontece é que no clipe a mulher faz tudo em sua cama, enquanto ainda dorme. Como se estivesse meio sonhando, meio sem consciência, meio no automático. Foi impossível não rolar uma identificação.

Ás vezes parece mesmo que estamos levando a vida no automático. Lutando pela vida no automático.Aliás quem tem quase 30 que nunca se viu engolida pela rotina diária dessa forma que atire a primeira pedra.

Mas, se estamos no automático, como saber se a vida pela qual lutamos é aquela que queremos para nós?
Graças a Deus ela acorda no final e sai para lutar desperta!

Olha o vídeo:






Ps: Fuçando mais, descobri que o clipe desse Iraelense além de ser ultra popular no youtube (mais de 10 milhões de visualizações) também foi indicado ao Grammy de 2010 como "Best Short Form Music Video". Merece!

PS2: Para completar, em comemoração a indicação ao Grammy, os artistas resolveram pegar as 2096 fotografias que compõem o clipe e fazer uma exposição que está rodando o mundo. A ideia é vender as originais de cada uma delas. Cada vez que uma foto é vendida o segundo correspondente a ela no vídeo é retirado. Com todas elas vendidas o vídeo terá se partido nos seus pedaços originais e se espalhado por todo o mundo em 2096 casas e galerias. Bonito isso!
Ficou interssado? o site é http://www.hmegallery.com/

Para comprar uma foto você vai precisar desembolsar no mínimo 250 dolares mais o custo do envio. Fica a dica!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

30 coisas para fazer antes dos 30: A Lista de Wendy - Item 22

Vamos ao item 22: Fazer uma previdência privada

Bom gente,

Tenho que confessar que já tinha feito uma previdência privada, mas a verdade é que a bichinha tava muito magrinha.
Essa semana revi tudo com minha gerente e ampliei o fundo e os depósitos, tudo ok.
Agora o negócio é trabalhar!

Para quem como eu se preocupa com o futuro e quer fazer uma previdência segue um resuminho básico:

A previdência é como uma poupança. Você pode depositar um valor grande no começo e fazendo pequenos depósitos ao longo do tempo. A depender do banco dá até para fazer com 50 reais por mês.

O que fazer? PGBL ou VGBL?

A principal distinção entre eles está na tributação. No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limite de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua restituição de IR. Vamos supor que um contribuinte tenha um rendimento bruto anual de R$ 100 mil. Com o PGBL, ele poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL, só será pago no resgate desse dinheiro. Mas atenção: esse benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem a declaração do Imposto de Renda pelo formulário completo e são tributados na fonte.

Para quem faz declaração simplicada ou não é tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal. Ele é indicado também para quem deseja diversificar seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto porque, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital.

É isso aí. Espero ter inspirado você.
Mas a lista continua... 29 to go! Olha ela aí!


1- Cair no mar de roupa e tudo
2- Saltar de paraquedas
3- Viajar para assistir um show de rock
4- Escrever uma carta para meu autor favorito
5- Aprender a fazer Caruru completo
6- Aprender a fazer Feijoada completa
7- Visitar um orfanato
8- Oferecer um jantar à meus pais
9- Dizer a meu pai que eu o amo
10- Dizer a minha mãe que eu a amo
11- Dizer a meu irmão que eu o amo
12- Dirigir um carro que custe mais que meu próprio apartamento
13- Fazer aula de Dança Tribal
14- Ver neve ao vivo pela primeira vez
15- Tirar minha dupla nacionalidade
16- Arrumar as malas e sair sem rumo em um feriado
17- Sair sem mala nem mochila para uma viagem de fim de semana
18- Ler um livro sobre algo que não tenha nada a ver comigo
19- Sair para tomar chuva de propósito até ficar ensopada
20- Tirar minha carteira de Arrais Amador
21- Fazer um piquenique em um parque
22- Fazer uma previdência privada
23- Costurar uma roupa do zero e usá-la para sair
24- Dar pequenas lembranças aos meus vizinhos no Natal
25- Manter-me abaixo dos 52kg
26- Fazer uma reforma no apartamento
27- Emoldurar e pendurar minhas melhores fotos
28- Mergulhar num rio de águas congelantes
29- Assistir uma Ópera
30- Organizar uma festa temática

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Livro do Desassossego


"Era a ocasião de estar alegre. Mas pesava-me qualquer coisa, uma ânsia desconhecida, um desejo sem definição, nem até reles. Tardava-me, talvez, a sensação de estar vivo."

Fernando Pessoa

quinta-feira, 8 de julho de 2010

7 Things to do before I'm 30

Obcecada por listas de coisas para fazer antes dos 30, achei este filme.

É um filme feito para TV (HBO Comedy ou Hallmark) bem levinho, coisa de sessão da tarde.

Infelizmente não tem legenda em português para ele. A versão que consegui é em inglês com legenda em... Russo?! Sim, parece russo. Então se você não quer esperar uma semana para baixar a taxas mínimas de download, não entende inglês, nem lê em russo, vai ser difícil assistir...

Mas, voltemos ao filme.

Depois de largar o emprego, perder o apartamento e deixar o namorado, tudo em apenas um dia, Lori Madison, uma "menina" de 29 anos que nunca consegue que terminar o que começa, sai da cidade e volta a morar com a mãe.
Já em sua antiga casa ela descobre uma lista que fez quando era criança: "7 Things To Do Before I'm 30" ou 7 coisas para fazer antes dos meus 30 anos. Enquanto ela tenta completar a lista (em apenas um mês, já que o aniversário esta perto), Lori se reconecta com seus antigos anseios e seu primeiro amor.
E, sem estragar o final do filme, ela percebe que o amor que ela deixou para trás era aquele que era certo para ela.

A Lista de Lori tem uns itens interessantes:

1- Ser uma estrela do Rock
2- Nadar nua
3- Contar a verdade ao irmão
4- Fazer tatuagem
5- Perdoar a mãe
6- Dançar sob a lua
7- Casar com David (primeiro amor)

Segue o link do trailer:

Apesar de parecer feito para quem tem 19 e não 29, o filme é bem bonitinho.
Vale a pena.

segunda-feira, 5 de julho de 2010


O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.
Mario Quintana - Caderno H

Na balança: relacionamento duradouro X novo relacionamento

Certa feita, estávamos caminhando na Paulista e uma grande amiga me perguntou sobre o que eu acreditava ter possibilidade de mais sucesso: "um novo relacionamento começando agora próximo aos trinta ou manter um relacionamento antigo de vários anos que estivesse se desenrolando até hoje pelos trinta?"

O caso é que uma outra amiga dela havia comentado que confiar hoje em dia era difícil e que as perspectivas não eram boas para quem não conseguiu fazer um relacionamento dar certo no tempo em que confiar era mais fácil (vinte e poucos para baixo).

Fala sério!
Bom, eu até concordo que a gente fica mais desconfiada com o passar dos anos. Mas isso é por que a gente aprende.

Devo abrir um parentes antes de expressar minha opinião para não parecer parcial: Sim eu tenho um relacionamento de muitos anos, 12 para ser mais exata, e não, eu não sou casada.
Ok, parêntese feito vamos à opinião que expressei a minha amiga naquela mesma tarde em São Paulo.

As pessoas podem até dizer que começar um relacionamento que vai dar certo nessa idade é mais difícil, mas eu pessoalmente acho que qualquer um que viveu mais de 7 anos com a mesma pessoa sabe que sustentar os fantasmas do relacionamento é muito mais complicado.
Uma relação de muito tempo carrega uma série de cicatrizes, magoas e coisas por fazer que não foram resolvidas ao longo dos anos e volta e meia aparecem em uma ou outra discussão. Agora imagine se você começou essa relação na sua adolescência, época em que tudo era um drama e ninguém sabia ao certo o que estava fazendo. Quantos erros e quanta dor (além de boas coisas é claro) você e seu namorado não acumularam ao logo dos anos?

Começando um relacionamento novo, essas magoas são individuais e por isso as chances de serem resolvidas são maiores principalmente em uma idade mais avançada. Ou melhor, estamos calejados e avisados para não cometer o mesmo erro. Entramos mais maduros e não corremos o perigo cometer um erro adolescente e bobo, mas que marcará a relação com uma cicatriz, entende?

Não quero aqui propor que você termine seu namoro de anos, rs. Eu não vou terminar o meu!
Mas quero deixar claro para as que não estão na nossa situação que ela não é bem um mar de rosas. E, que você pode sim ser mais feliz que eu e que qualquer um começando agora.

O amor não tem idade, não tem data para começo nem tem que ter para fim!